sábado, 8 de maio de 2010

AR!

Vieste
dedos frágeis
no meu peito
o teu campo de batalha
preferido

Vieste
palavras não ditas
quadradas
de aço frio
perfurando tímpanos
cansados

Vieste
véu negro
finíssimo cabelo
teia
descendo devagar
isolando cinzentas
multidões

Vieste
gretando lábios
imenso imperturbável
silêncio

Vieste
no ruído
a tua voz, amor
um eco
longínquo e ténue

respiração

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