quinta-feira, 13 de maio de 2010

Improvável, inatingível, inadiável...


Saber que as coisas estão lá, mas inatingíveis, será que chega para apaziguar os nossos pequenos demónios inquietos? Não, não chega!

O que não se vê e não se sente, o que é infinito e distante, não existe. É apenas uma eventualidade, uma miragem traiçoeira da imaginação. Assim como eu.

Pior do que física, é esta paralisia “pentaplégica” dos sentidos. Ver sem olhar, deglutir sem saborear, respirar sem cheirar, ouvir sem escutar, mexer sem tactear. Estar vivo sem viver. Ter alma e não saber...

As estrelas estão lá. Teoricamente. E eu também. É isso que sabes, sentes e vês de mim.

Tu estás a começar a tua viagem. Eu estou a chegar ao fim da minha. E ainda não me mostraram o porto de destino.

Pelo caminho tudo foi ficando.

Resta-me apenas a vontade urgente de chegar e desembarcar,

Depressa.

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