quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eis-nos...


Eis-nos aqui chegados.
Finalmente. Longe de ocasos e batalhas interestelares que rodopiam incessantemente como folhas de vertigem perene e nos atrasam no caminho. Como se não bastassem as pedras abrasivas de dias de vazio sem ti.
Eis-nos aqui chegados.
Libertos de amarras e prisões que fomos construindo com assomos góticos de grandeza onde encerrámos os nossos pequenos demónios inquietos e os fantasmas tremeluzentes e pirosos do nosso passado.
O céu está cinzento e a chuva adivinha-se em cada curva traçada pelas aves de antigos desencantos.
Eis-nos aqui chegados.
Ébrios de cansaço, mas por enquanto ainda não vencidos.
E se eu não te deixasse partir?
Plantarias a tua flor no meu peito?

Sem comentários: