quinta-feira, 20 de maio de 2010

Um beijo desenhado


Perdemo-nos a inventar estradas, florestas e sóis pelo caminho.
Mas eu não te canto a vida, por isso nada invento.
Amo-te pelo que és.
Prefiro pois partir contigo à sua descoberta e das estradas
que se perfilam perante nós.
Nesta viagem, nunca te ofereci mais do que as minhas mãos vazias.
É pouco.
Mas são as mãos que sempre estiveram e estarão ao teu dispor
para te agarrar, segurar e não te deixar cair.
E neste momento, sem te cantar nada e sem descobrir nada
apenas a saudade de um beijo desenhado nos teus lábios.

Sem comentários: