E, sobretudo, nunca poderei estar preparado para te esquecer.
Como poderei? Como poderei deixar que a tua imagem, as marcas que deixaste, o que senti e sinto, se perca num qualquer canto da memória?
Gosto de pensar que um dia, depois de me tornar esquecimento no mundo, continuaremos nesse espaço/tempo contínuo e nos voltaremos a encontrar.
Gosto de pensar que, nesse outro tempo, poderemos caminhar juntos.
E finalmente me salvarás.
Gosto de pensar que esse espaço e tempo são realidade, e que viveremos nessas florestas mágicas, que existiram, existem e existirão.
Porque imagino que, sem elas, sem ti, sem o que representam, este mundo não resistiria.
São elas, a sua magia, os seus sonhos, que mantêm o universo unido e coeso.
Gosto de pensar que vim de longe, onde te conheci, e que, perdendo-te e ganhando-te, cheguei aqui, onde estou. Gosto de pensar que irei para longe, onde te reencontrarei.
Mas hoje, mais do que nunca, sei que não é assim.
São apenas devaneios, desejos, alucinações, que me consomem.
Mais do que nunca, continuo esta caminhada sozinho.
Mais do que nunca, sinto-me completamente estranho no mundo.
A cada dia que passa a minha alma é mais pequena e finita.
Perdida num vendaval de florestas cada vez mais distantes...
Mas, se sei que devo esquecer-te, que não posso obrigar-te a amar-me, porque será que todos os dias te sinto tão presente?
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