quarta-feira, 9 de junho de 2010

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Já uma vez escrevi que estava preparado para quase tudo nesta vida, mas não para te encontrar, nem para te perder.
E, sobretudo, nunca poderei estar preparado para te esquecer.
Como poderei? Como poderei deixar que a tua imagem, as marcas que deixaste, o que senti e sinto, se perca num qualquer canto da memória?
Gosto de pensar que um dia, depois de me tornar esquecimento no mundo, continuaremos nesse espaço/tempo contínuo e nos voltaremos a encontrar.
Gosto de pensar que, nesse outro tempo, poderemos caminhar juntos.
E finalmente me salvarás.
Gosto de pensar que esse espaço e tempo são realidade, e que viveremos nessas florestas mágicas, que existiram, existem e existirão.
Porque imagino que, sem elas, sem ti, sem o que representam, este mundo não resistiria.
São elas, a sua magia, os seus sonhos, que mantêm o universo unido e coeso.
Gosto de pensar que vim de longe, onde te conheci, e que, perdendo-te e ganhando-te, cheguei aqui, onde estou. Gosto de pensar que irei para longe, onde te reencontrarei.
Mas hoje, mais do que nunca, sei que não é assim.
São apenas devaneios, desejos, alucinações, que me consomem.
Mais do que nunca, continuo esta caminhada sozinho.
Mais do que nunca, sinto-me completamente estranho no mundo.
A cada dia que passa a minha alma é mais pequena e finita.
Perdida num vendaval de florestas cada vez mais distantes...
Mas, se sei que devo esquecer-te, que não posso obrigar-te a amar-me, porque será que todos os dias te sinto tão presente?

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