Se morrer
ninguém dará por isso,
será apenas menos uma
das menos brilhantes estrelas
que se apaga nesta abóbada agreste
e da contabilidade humana
se extingue lentamente.
Há muito me cansei de ser inevitável e Celeste!
Não me importo, portanto, que assim seja,
que à minha última morada
ninguém vá,
ninguém chore por mim,
já que sei bem o peso de viver
afrontando a correnteza
de um rio que nasce por alguém.
Se sempre caminhei sozinho,
não será nesta viagem,
com asas negras emprestadas
por um anjo cego e morto,
que me perderei neste caminho
e perderei o rumo para o meu porto.
Por uma vez,
acompanhando a aragem,
que suave envolve o pinho,
vou sem stress, pressa ou tristeza,
ritmado e a compasso,
devagar, devagar,
devagarinho.
terça-feira, 17 de maio de 2011
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