esse pequeno lapso no tempo
que constrói a memória
(como se do intervalo retemperador
de um jogo sem glória
se tratasse),
que me fez perder a direcção
a rota, o rumo
assim como se andasse
a inflectir nos meus abraços
a perder-me nos meus passos.
Sou só metade de mim.
Talvez seja essa a história bem guardada
nesta arca sem aliança
que trago aferrolhada.
Sou só metade de mim. A pior.
A que se move, anda, fala e come
mas não consegue dormir
sonhar, viver ou ter fome.
.
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