segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Limites



Há limites para tudo.
E nós, balançando entre as fronteiras, desorientados, traçando linhas sem começo nem fim.
Imaginamos portas e janelas onde só existem paredes e muros.
Recusamos a realidade, na obsessão egoísta da procura de uma felicidade perfeita que só existe no universo doentio que ficcionamos.
Falamos, discursamos, reflectimos, sobre um amor que não conhecemos e a que, provavelmente, voltamos as costas quando nele tropeçamos.
Há limites para tudo.
Eu traço os limites da minha própria insatisfação.
Desenho a minha própria agonia.
Danço uma valsa mortal com a minha própria dor.
E os limites lá estão, a rir-se de mim...

.

1 comentário:

Quimeras disse...

As paredes e os muros somos nós quem os criamos, talvez com receio do que possamos ver através das portas e janelas que a vida nos oferece. É urgente abri-las e aprender a ver o limite do sofrimento, para, então, iniciar um percurso pelo vasto horizonte que se alonga em promessas de vida...
Construir silêncios, quebrar silêncios.

Quimeras