domingo, 6 de fevereiro de 2011

Lágrima de nada

Esta lágrima é uma lágrima de nada
Nela sobrevive o desespero de te querer desesperada
louca na minha loucura
conhecendo o destino
entregando no teu corpo o futuro
desenhando nos teus lábios promessas
sabendo que estaria aí
perto do fim do meu passado
abrindo essa porta no limiar dos teus olhos
abandonando-me na tua pele
Esta é uma lágrima de nada
sem sal
profundamente líquida
como a ponta dos meus dedos no teu peito
E, tu que secaste as minhas lágrimas, devolveste-me um mar de dor
(diariamente a tua não-presença continua a assombrar-me...)

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