terça-feira, 28 de setembro de 2010
Não vês?!
Não sou ninguém
para além daquilo que lês!
Podia bem não existir
ou existir noutra forma
talvez
quem sabe translúcida e errante
partir e regressar
viajante
uma e outra vez.
Não sou ninguém
para além daquilo que crês!
Existo apenas a espaços
em espelhos
já demasiado baços
quem sabe pelo sobressalto das marés
de quem voa contra o vento
contra a vida
e de través.
Não sou ninguém!!
Apenas sórdida imaginação
num hiato obscuro da criação.
Não vês?!
DIREITOS DE AUTOR: http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=32255
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Desalmadamente
A minha alma tem
o imenso peso da distância, tem
a delicada leveza do vazio e
a consistência emudecida desta dor.
A mesma que, diariamente,
soletra, impiedosa,
insana, desalmadamente,
a imensurável persistência de um amor.
DIREITOS DE AUTOR: http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=32246
domingo, 19 de setembro de 2010
Nada

Inventei a vontade do nada.
Pelo nada que me executa neste cadafalso delirante.
Pelo nada de ti que desmerece de todas as outras vontades.
Bebo, embriago-me, afogo-me neste nada.
E a madrugada anuncia-se de pulsos cortados sangrando o nascer do Sol.
Oiço o abrir das flores como o som da corda que estica e estala na saudade enforcada nos meus olhos.
Esta vontade vazia.
Como se o meu sangue fosse nada e o meu peito albergasse o vazio dos dias da criação.
No dia em que me esqueceres serei nada.
No dia em que te esquecer do nada saberei também.
DIREITOS DE AUTOR: http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=32083
Pelo nada que me executa neste cadafalso delirante.
Pelo nada de ti que desmerece de todas as outras vontades.
Bebo, embriago-me, afogo-me neste nada.
E a madrugada anuncia-se de pulsos cortados sangrando o nascer do Sol.
Oiço o abrir das flores como o som da corda que estica e estala na saudade enforcada nos meus olhos.
Esta vontade vazia.
Como se o meu sangue fosse nada e o meu peito albergasse o vazio dos dias da criação.
No dia em que me esqueceres serei nada.
No dia em que te esquecer do nada saberei também.
DIREITOS DE AUTOR: http://www.worldartfriends.com/modules/publisher/article.php?storyid=32083
domingo, 5 de setembro de 2010
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